Mostrar mensagens com a etiqueta Religião. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Religião. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, novembro 24, 2006

Judas


“Antes que eu te formasse no ventre materno, eu te conheci, e, antes que saísses da madre, te consagrei, e te constituí profeta às nações”. ( Jeremias 1:5)

O significado do nome Judas é: “louvor, louvado”.
A Palavra aramaica Iscariotes (indica a naturalidade) literalmente significa "homem de Queriote". Queriote era uma cidade próxima a Hebrom. Judas era o único procedente da Judeia, os restantes discípulos provinham da Galileia. Existem alguns teólogos que defendem uma pequena possibilidade de Iscariotes ser a transliteração de um termo aramaico que significaria “ladrão”.

Ele tinha fraquezas e os discípulos conheciam-nas, mas não o ajudaram. Era ladrão e desonesto, hipócrita e infiel, mentiroso.
Poder-se-á tentar explicar esta ausência de ajuda, como sendo um problema de antagonismo étnico: os discípulos partilhavam uma consciência própria e uma identidade cultural comum, que os separam de Judas, que provinha de uma outra cultura e identidade.

Traio Jesus e denunciou-O com um beijo. O beijo fazia parte dos costumes sociais da época, como Paulo refere na bíblia. Era um símbolo, ou seja, era uma representação visual de uma acção de saudação honrosa. No entanto, este foi um falso simbolismo, porque Judas não tinha como objectivo saudar Jesus.
Desde então e até aos nossos dias ficou conhecida a expressão: “beijo de Judas”, que não passa de um simbolismo metafórico, quando se pressupõe que existe, implicitamente, traição.

Reconheceu o seu erro, no entanto, perante as pessoas erradas, foi diante os sacerdotes a quem tinha vendido Jesus e eles escarneceram-no. Judas deveria ter reconhecido a sua falha perante Jesus, pois foi com Ele que errou. Teve remorsos, condenou-se a si próprio sem se recordar das palavras que Jesus havia ensinado acerca do perdão. Angustiado, suicidou-se.
Émile Durkheim dedicou-se ao estudo sociológico do suicídio. Segundo ele, quanto mais unido a um grupo ou a uma colectividade, maiores serão as probabilidades de um indivíduo não vir a cometer o suicídio. Geralmente o suicida é considerado como sendo um solitário, sem amigos para desabafar suas angústias e vive em constantes depressões.
Estudando o caso de Judas, o seu suicídio poder-se-á classificar, segundo Durkheim, de suicídio melancólico, sendo este tipo de acto está ligado a um estado geral de extrema depressão, de tristeza exagerada que faz com que o doente não consiga apreciar de uma maneira sã as relações que com ele têm as pessoas e as coisas que o rodeiam, na lhe interessa, vê tudo negro. A vida surge-lhe como aborrecida ou como penosa.

Certamente que este episódio de Judas, tem várias interpretações, pode ser estudado por várias ciências, e sob os mais variados aspectos. E daí surgirem várias explicações causais, no entanto, para mim, só existe uma única e verdadeira explicação, e não existia nada que pudesse ser alterado:




“Quando eu estava com eles, guardava-os no teu nome, que me deste, e protegi-os, e nenhum deles se perdeu, excepto o filho da perdição, para que se cumprisse a Escritura” (João 17:12)

terça-feira, setembro 05, 2006

Eutanásia e Deus


Além de um problema médico, social, jurídico a eutanásia é um grave problema moral.
Sendo crente ou não, e afectando a todos, a eutanásia implica matar um Ser prezado por Deus, que vela sobre a vida e a morte, sendo pecado que atente contra o Homem, e por isso contra Deus que o criou, e é ofendido por tudo o que ofende o Ser Humano.
Por essa razão Deus ordenou: «Não matarás» (Mateus 5:21:22), sendo um acto injustificado contra a dignidade humana e contra um filho de Deus, este que nos tirou do nada, porque nós por si só não subsistimos. Temos um Ser, porém o Ser não existe por si mas pelo Ser no qual teve princípio.
Mesmo para aqueles que não são cristãos admitem na vida social o primado do espiritual devem ser sacrificados aos verdadeiros valores espirituais na projecção para além do tempo. E, esta ressonância eterna confere-lhe méritos de incalculável valor.
Com efeito, pelo sofrimento, o Homem pode não somente expiar os próprios pecados mas também, utilizando em união com o sacrifício do redentor.
Consentir ou apressar a morte seria proclamar que sofrer é o pior de todos os males e que os benefícios da vida se resumem a não sofrer. Isto é verdade para o animal, porém falso para o Homem, para qual tem toda a dignidade e valor.
Apressar o fim seria privar o Homem duma parcela da sua vida que constitui o seu bem supremo, frustá-lo do que possui de mais valioso, não deve encurtar-se sejam quais forem as suas razões e justificações a sua vida.
Segundo os Princípios da Igreja, nunca será lícito matar um doente, nem sequer para o não vermos sofrer ou não fazê-lo sofrer, ainda que ele o diga expressamente nem o médico, nem o doente, nem o pessoal de saúde, nem os familiares pode decidir ou provocar a morte de uma pessoa.
Não é legítima a acção que por sua natureza provoca directa ou intencionalmente a morte do doente.
Não é lícito suspender um tratamento devido ao doente sem o qual sobrevenha inevitavelmente a morte.
É ilícito recusar ou renunciar a cuidados intensivos e tratamentos possíveis e disponíveis.
A eutanásia é um crime contra a vida humana e contra a lei divina do inocente e um bem que supera o poder de dispor tanto do indivíduo como do Estado.
Para além da Igreja condenarem o acto (eutanásia) muitas outras doutrinas partilham da mesma ideia mas há luz de outros critérios que no fundo resumem a existência de um caminho em que a intromissão no ciclo natural de vida é uma intromissão às leis de Deus.
O materialismo alicia os povos que felicidade apenas se encontra nos gozos terrenos, leva ao suicídio.
A eutanásia é uma outra forma para fugir a um sofrimento desconhecendo as leis de Deus. Mas será impossível, alguém compreender que todos estes aspectos diluem a crença da existência de uma Alma.
O Homem não tem o direito de pratica a eutanásia. A agonia prolongada pode ter finalidade preciosa para a alma, como a única valia para as imperfeições do espírito.
Aqueles que, por mera ignorância das Leis da Criação viam e vêm a eutanásia, como meio de minorar os sofrimentos deverão reflectir sobre tal. Como Jesus Cristo disse: “Amarás o senhor teu Deus, o teu coração e de toda a tua alma…amarás o teu próximo como a ti mesmo”.
O respeito pela vida apresenta-se-nos como um Dever Absoluto. Criado para louvar Deus o Homem pode escolher livremente a maneira como o há-de fazer. Não pode escolher o momento em que o serviço cessará.
Isto é, a vida do Homem não está à disposição do Homem.

segunda-feira, setembro 04, 2006

O Fenómeno Religioso


Primeiramente existe a crença e só depois existe o rito, pois o rito tem o seu objecto expresso na crença.
A crença provém de coisas reais e é representativa de dois conceitos diferentes: o sagrado e o profano.
Tudo pode ser sagrado.

O objecto do sagrado é determinado pela religião, em que o homem nada tem de sagrado ocupando um lugar inferior ao sagrado.
Contudo, quando existe uma relação de inferioridade, não significa que o que está em lugar superior seja uma coisa sagrada em relação ao que ocupa uma posição inferior.
No profano existe uma estratificação, estratificação essa que varia consoante a dignidade e o poder do homem.
Na desigualdade entre as classes superiores e inferiores não existe nada de religioso, existe uma relação de dependência entre os deuses e os homens (superior/inferior), pois ambos necessitam uns dos outros para garantir a sua sobrevivência.
A relação existente entre o sagrado e o profano é uma heterogeneidade absoluta. Nada há de comum entre eles, são duas partes completamente opostas uma da outra, embora por outro lado se verifique uma dualidade entre elas; dualidade essa que permite a passagem de um campo para o outro, ou seja uma passagem do profano para o sagrado, mudança essa que implica uma modificação de ordem moral.
A referida mudança, do profano para o sagrado, implica uma série de ritos religiosos, é a morte no profano e o renascimento no sagrado.
Além de existir uma relação de oposição entre o sagrado e o profano, existe também uma relação de rivalidade. Não se pode pertencer aos dois campos em simultâneo, ou se pertence ao sagrado ou ao profano.
Para o homem passar para o estado religioso, ou sagrado, ele tem de retirar de si tudo o que resta do profano e por vezes a única maneira de o fazer é acabar com a própria vida. Durkheim chama a este fenómeno suicídio religioso.
A oposição entre profano e religioso divide o mundo em duas partes: o sagrado é a parte que isola e protege o homem, e o profano é a parte onde existem as interdições e se deverá manter afastado do sagrado.
As crenças religiosas são representações que exprimem a natureza das coisas sagradas e profanas, bem como a relação entre elas.
Os ritos são regras de como o homem se deverá comportar em relação ao sagrado.
A religião é um sistema de crenças, sistema esse organizado e coeso. Verifica-se, assim, que a religião não assenta apenas numa ideia base, mas num grupo homogéneo, onde á volta dele giram grupos de crenças, na religião encontra-se sempre uma multiplicidade de coisas sagradas. Com esta multiplicidade constata-se que não existe apenas um só culto, mas sim vários cultos, sendo estes cultos autónomos.
Mas nem sempre os fenómenos religiosos aparecem ligados a uma religião, por vezes estes fenómenos são autónomos, mas essa autonomia origina uma desintegração desse fenómeno. Nestes casos não existe um culto, nos fenómenos autónomos verifica-se uma cerimónia religiosa.
Além da dualidade existente entre o sagrado e o profano, há que referir dois conceitos bem distintos: a magia e a religião.
Ambos são constituídas por crenças e ritos, possuem mitos e dogma (verdade de fé), sendo os da magia mais arcaicos. Os dois têm cerimónias, sacrifícios, orações, cantos e danças; por vezes até mesmo os seres religiosos invocados são os mesmos.
Apesar de existir tanta coisa em comum é impossível juntar estes dois conceitos. A religião rejeita a magia, e a magia opõe-se á religião.
Esta oposição entre a magia e a religião é manifesta nos seus ritos e cerimónias contrárias á religião, chegando por vezes a existir uma profanação das coisas santas. Devido a esta oposição, a religião proíbe os ritos mágicos.
As crenças religiosas mantêm os indivíduos unidos, praticando os mesmos ritos religiosos, devido a um factor que têm em comum: a fé. A fé é a responsável pela união do grupo. Assim, numa sociedade, quando várias pessoas se unem pela mesma fé constituem uma igreja.
A igreja é uma diferença existente entre a magia e a religião. Na magia os praticantes das suas crenças mágicas não têm que estar necessariamente unidos e em grupo.
Na igreja há uma relação de continuidade entre a comunidade de indivíduos e o órgão representativo da religião, na magia não existe essa ligação.
A magia tem clientes e a igreja tem fiéis.
Por vezes, a magia, tem lugares de culto e a repetição de ritos, como na religião, contudo não necessita deles para se manter.
Uma outra diferença entre a magia e a religião, é a solidão e o isolamento que o mágico procura, na religião há uma ligação constante entre a igreja e a religião.

Ópio???


Certo dia, quando era criança, passeava pelas ruas da nossa linda cidade de Lisboa, quando reparei numa frase estranha: "A religião é o ópio do povo".
Nessa altura não sabia que era uma frase referida por alguém bastante importante para toda a sociedade. Mas porque tería ele referido essa frase?
Não sei!
Tentanto desfragmentar esta frase, logicamente verifica-se uma ligação entre o ópio e a religião.
O ópio é considerado, para algumas sociedades uma droga bastante nociva à nossa saúde, em outras é um remédio extremamente precioso para a cura de certas e determinadas doenças.
Assim talvez algumas pessoas considerem a religião um bem fundamental à sobrevivência; outras, possívelmente, nem sequer colocam a possibilidade de praticar qualquer ideologia.
No entanto, seria interessante, reformular esta frase, podería surgir algo como: "O fanatismo é o ópio do povo".

domingo, setembro 03, 2006

Catolicismo?


Portugal é um país que professa o catolicismo apostólico romano, e tem nisso um enorme orgulho, estando sempre a relembrar os feitos heróicos dos nossos antepassados navegadores, descobridores e conquistadores cristãos. Mas onde está o orgulho de um católico ao votar sim a um referendo favorável ao aborto?
Onde está o orgulho em ser um português católico quando nas ruas se marcha a favor da homossexualidade?
Tenho orgulho em não ser a favor de matar crianças, nem ser a favor da homossexualidade.
Sinceramente é inconcebível, para mim, quando oiço a designação:”Interrupção voluntária da gravidez”, porque é que não se diz: “Morte aos bebés”, afinal é isso que acontece, nada se interrompe, tudo se acaba.
Em relação à homossexualidade, considero que esta é uma prática que vai contra a natureza humana. Afinal um casal deverá ser composto por um homem e por uma mulher, jamais dois homens ou duas mulheres têm a capacidade de procriação e educação de uma criança.
Orgulho em ser católica?
Não, obrigada.
Eu abdico de um catolicismo hipócrita!