terça-feira, setembro 05, 2006

Eutanásia e Deus


Além de um problema médico, social, jurídico a eutanásia é um grave problema moral.
Sendo crente ou não, e afectando a todos, a eutanásia implica matar um Ser prezado por Deus, que vela sobre a vida e a morte, sendo pecado que atente contra o Homem, e por isso contra Deus que o criou, e é ofendido por tudo o que ofende o Ser Humano.
Por essa razão Deus ordenou: «Não matarás» (Mateus 5:21:22), sendo um acto injustificado contra a dignidade humana e contra um filho de Deus, este que nos tirou do nada, porque nós por si só não subsistimos. Temos um Ser, porém o Ser não existe por si mas pelo Ser no qual teve princípio.
Mesmo para aqueles que não são cristãos admitem na vida social o primado do espiritual devem ser sacrificados aos verdadeiros valores espirituais na projecção para além do tempo. E, esta ressonância eterna confere-lhe méritos de incalculável valor.
Com efeito, pelo sofrimento, o Homem pode não somente expiar os próprios pecados mas também, utilizando em união com o sacrifício do redentor.
Consentir ou apressar a morte seria proclamar que sofrer é o pior de todos os males e que os benefícios da vida se resumem a não sofrer. Isto é verdade para o animal, porém falso para o Homem, para qual tem toda a dignidade e valor.
Apressar o fim seria privar o Homem duma parcela da sua vida que constitui o seu bem supremo, frustá-lo do que possui de mais valioso, não deve encurtar-se sejam quais forem as suas razões e justificações a sua vida.
Segundo os Princípios da Igreja, nunca será lícito matar um doente, nem sequer para o não vermos sofrer ou não fazê-lo sofrer, ainda que ele o diga expressamente nem o médico, nem o doente, nem o pessoal de saúde, nem os familiares pode decidir ou provocar a morte de uma pessoa.
Não é legítima a acção que por sua natureza provoca directa ou intencionalmente a morte do doente.
Não é lícito suspender um tratamento devido ao doente sem o qual sobrevenha inevitavelmente a morte.
É ilícito recusar ou renunciar a cuidados intensivos e tratamentos possíveis e disponíveis.
A eutanásia é um crime contra a vida humana e contra a lei divina do inocente e um bem que supera o poder de dispor tanto do indivíduo como do Estado.
Para além da Igreja condenarem o acto (eutanásia) muitas outras doutrinas partilham da mesma ideia mas há luz de outros critérios que no fundo resumem a existência de um caminho em que a intromissão no ciclo natural de vida é uma intromissão às leis de Deus.
O materialismo alicia os povos que felicidade apenas se encontra nos gozos terrenos, leva ao suicídio.
A eutanásia é uma outra forma para fugir a um sofrimento desconhecendo as leis de Deus. Mas será impossível, alguém compreender que todos estes aspectos diluem a crença da existência de uma Alma.
O Homem não tem o direito de pratica a eutanásia. A agonia prolongada pode ter finalidade preciosa para a alma, como a única valia para as imperfeições do espírito.
Aqueles que, por mera ignorância das Leis da Criação viam e vêm a eutanásia, como meio de minorar os sofrimentos deverão reflectir sobre tal. Como Jesus Cristo disse: “Amarás o senhor teu Deus, o teu coração e de toda a tua alma…amarás o teu próximo como a ti mesmo”.
O respeito pela vida apresenta-se-nos como um Dever Absoluto. Criado para louvar Deus o Homem pode escolher livremente a maneira como o há-de fazer. Não pode escolher o momento em que o serviço cessará.
Isto é, a vida do Homem não está à disposição do Homem.

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