segunda-feira, junho 13, 2011

Pain

Há dias em que estamos bem, e outros dias em que estamos menos bem.
 
Há dias em que nos apetece rir e outros dias em que nos apetece chorar.
 
Há dias em que tudo corre bem e outros dias que parece que nem o sol brilha.
 
Há dias em que agradecemos a Deus estarmos vivos, mas existem outros dias em que lhe pedimos para estar junto a Ele, no céu.
 
A vida é mesmo assim, uma vezes bem, outras vezes menos bem.
 
 

segunda-feira, setembro 27, 2010

Mais um ano!

Os meus 35 anos estão a chegar ao fim....

Sinto a vida a passar diante de mim, e sinto que ainda me faltam tantas coisas coisas que desejo alcançar.

O relógio não pára. Parece que cada dia que passa anda mais rápido, como as lágrimas que deslizam pelo meu rosto.

Ainda me falta fazer tanta coisa...será que vou ter tempo para tudo?

Os anos passam e sinto que perdi etapas importantes, e que, possivelmente, não terei oportunidade de as viver, e fico triste, chego mesmo a ficar desiludidade comigo mesma.

Triste, desiludida, ansiosa, sozinha, solitária, a lutar....sempre a lutar e à espera de algumas conquistas!

domingo, abril 18, 2010

Será o amor uma arte?



Para amar é preciso:
 Conhecimento
 Esforço


Será que o amor é uma mera sensação?


Todas as pessoas necessitam de amor e de amar, se bem que existe uma maior necessidade de ser amado do que amar.


Amar não é difícil, difícil é encontrar a pessoa certa.


Pode-se apelar ao amor de formas variadas; e existe um grande empenho em se tornar desejável.


Não existe um objecto específico do amor, pois este varia consoante a moda da época. Presentemente, existe uma sociedade de consumo, e isso reflecte-se no amor: as pessoas procuram-se pelas suas qualidades, e quando se encontra a melhor pessoa do “mercado”, encontra-se o amor.


Quanto mais intimamente se conhece alguém, mais depressa o amor se desvanece e a paixão vai diminuindo de intensidade.


Tal como uma arte, para amar é necessária uma aprendizagem, tal como as outras formas de arte, deve-se dominar a teoria e a prática. Por vezes o amor fracassa por não se dá a devida importância.

quarta-feira, janeiro 30, 2008

Weber e a Burocracia


Inicialmente as empresas eram dirigidas de uma forma muito pessoal, num ambiente desprendido de regras, em que os trabalhadores eram leais e apenas estavas ligados a uma só pessoa, apenas tinham uma chefia. Onde os objectivos dos empregados se elevavam acima dos objectivos da organização.
A Burocracia desenvolveu-se devido à instabilidade e parcialidade da Teoria Clássica e da Teoria das Relações Humanas, onde se verificava a ausência de uma abordagem global, completa e envolvente das organizações.
Marx Weber ao estudar os sistemas religiosos do ocidente e alguns do oriente constatou que existia entre eles uma semelhança: influíram o aparecimento do capitalismo. Para ele o capitalismo era “uma forma distinta de organização económica”
[1], que favorece o desenvolvimento social. E é com o capitalismo que a burocracia tem um maior impacto.
Com isto, este sociólogo entendeu que as empresas deveriam ser geridas de uma forma impessoal e racional, pois também as empresas cresciam a grande ritmo e a sua complexidade aumentava. Daí surgiu a necessidade de se estabelecer um modelo organizacional bem definido, a Teoria da Burocratização, vista como sendo um tipo ideal de gestão.
Segundo esta teoria, o homem poderia ser remunerado, não só para trabalhar, mas também para ter atitudes e comportamentos predeterminados, de forma que estes não interfiram nas tarefas a realizar.

Para Weber, “A Burocracia é o único modo de organizar eficientemente um grande número de pessoas, e, assim, expande-se inevitavelmente com o crescimento económico e político”.
[2]
Mas não foi somente a burocracia que se desenvolveu, as novas tecnologias e as novas ciências também, desenvolvimento ao qual Weber designa por racionalização. E racionalização é a organização economico-social, segundo princípios de eficiência, tendo como suporte o conhecimento técnico.
Para o sociólogo alemão, todas as organizações, estão, na sua maioria, impregnadas de burocracia, até mesmo nas sociedades mais tradicionais da China, no entanto a burocracia só se desenvolveu com a modernidade. Apesar de ter lacunas, este conceito, era a melhor forma de lidar com as complicações administrativas, dos sistemas sociais.

Construiu o tipo ideal de burocracia, e com este estudo enumerou algumas características:
Hierarquia – a tarefa deve ser encarada como um dever; na pirâmide da burocracia, a autoridade máxima está situada sempre no seu cume, e até á sua base encontram-se mais indivíduos de autoridade, mas à medida que se desce no triângulo a autoridade vai diminuindo. Os dirigentes não procediam consoante a sua personalidade mas de acordo com o poder legado à sua função e cargo;
Regras – as regras dirigem todos os empregados, que pode ser interpretada de várias formas, e que é mais vasta nos cargos mais altos. Tem por base uma legislação própria, concebida anteriormente, apresentada de uma forma escrita. O empregado não pode fazer o que ele pretende mas sim o que a organização exige que ele faça;
Trabalhadores remunerados – a exercerem a sua função a tempo inteiro, com vencimentos invariáveis, de forma a, se estabelecerem numa determinada carreira, e onde as promoções são adquiridas por antiguidade e/ou na capacidade de trabalho;
Divisão de trabalho – cada empregado tem a sua tarefa, e a sua vida privada não pode interferir na sua vida profissional. Esta divisão é feita de uma forma racional e está dependente dos objectivos a atingir. São profissionais especializados e assalariados;
Recursos materiais – nenhum empregado é proprietário dos recursos materiais com os quais trabalha, nem controlam meios de produção; tudo é pertença da organização onde trabalham.

Uma organização que tivesse estas características era, segundo Weber, uma organização eficaz, precisa, rápida e clara efectiva e eficiente, bastante superior a outras formas de organização.
Recta, produtiva, justa e objectiva. Impregnada de regras e procedimentos formais com o objectivo de sucesso.
Os funcionários das organizações burocráticas eram seleccionados e promovidos segundo a sua competência, a sua admissão era feita através de testes e concursos; não eram uma propriedade da organização onde trabalhavam.

Weber enumerou algumas vantagens da burocracia:
O racionalismo referente aos objectivos a alcançar, torna a organização eficiente;
A exactidão da definição e atribuição de tarefas que proporciona uma maior rapidez nas deliberações da organização, quando se toma uma decisão, esta é igual em todas as chefias;
Como as regras são feitas de uma forma escrita, não há lugar a equívocos, tudo é previsível, até as alterações;
A rotina conduz ao padrão, o que implica uma redução de custos e erros, e os profissionais não interferem nas tarefas dos outros;
Subsituação imediata de um funcionário que saia da organização.

No entanto, esta teoria, não tem só vantagens, por vezes podem surgir algumas desvantagens:
Devido à importância das regras, muitas vezes são esquecidos os objectivos da organização, e as próprias regras passam a ser objectivos;
Absolutismo de regras;
Como tudo é feito e comunicado de uma forma escrita, o excesso de papel e o excesso de formalismo são evidentes;
A existência da padronização cria uma barreira à aquisição de novos conhecimentos; a mudança não é desejada;
A impessoalidade aprofunda os cargos, fazendo diminuir o relacionamento entre os profissionais;
As decisões são sempre tomadas pelas chefias – autoridade;
Chefias passam a estar sinalizadas, surgem diferenciação de status, conforme a autoridade que possuem;
Fechada à mudança e à criatividade.

Com tudo isto, pode-se afirmar que o objectivo da burocracia é a máxima eficiência dentro das organizações. É um sistema social que predomina nas sociedades modernas, e não implica só a administração das organizações mas também dominação; é uma forma de poder hierárquico e autárquico que pertence ao grupo de pessoas que se encontram em gestão – os burocratas.
Esta teoria não existiu apenas no tempo em que foi iniciado o seu estudo, presentemente esta teoria ainda é bem visível nas empresas públicas e privadas.



[1] Anthony Guiddens (2000), Sociologia, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, pág. 29
[2] Idem

Status


Status é um privigélio, que pode ser positivo ou negativo, está dependente do estilo de vida, da educação, da formação, do prestígio. O facto de não ter dinheiro, bens ou propriedades, não implica que o individuo não tenha status; ter satatus é ter poder.
Pode-se ter status por pertencer a uma determinada profissão, de uma linhagem familiar de prestígio ou deter poder político.
O status, segundo Weber, pode ser considerado uma comunidade, e também existe uma situação de status, não por uma razão económica mas por uma razão social. Razão esta que pode ser positiva ou negativa, do que se designa por honra; mas que não deixa também de estar ligado ao factos económico-financeiro. A honra nem sempre está associada à situação de status, algumas vezes podem mesmo estar em posições opostas; mas este facto varia de sociedade para sociedade.
Os individuos que têm a mesma honra de status, são aqueles que têm um igual modo de vida; ou porque moram na mesma rua, ou na semelhança de empresas que dirigem ou que pertençam a uma determinada família distinta.
Estes grupos podem ser de tal forma coesos que dificilmente deixam entrar novos “membros”, daí Weber afirmar que o status está a evoluir para uma situação identica à das Castas. Pessoas de status superior não se relacionam com pessoas de status inferior, nem se admite que o contrário aconteça. Daí se verificar a existência de uma estratificação no status, muitas vezes intensa, como se se tratassem de diferenças étnicas.Também pode acontecer uma desqualificação de status, quando a actividade do individuo é considerada desqualificada e sem prestígio; como é o caso dos artistas.

Classes Sociais


Classe é um grupo de individuos que têm igual valor de bens, património e poder. Existem vários tipos e formas de classe: para pertencer a uma classe um individuo tem de ser detento de propriedades e monopólio no mercado onde se movimenta, ou viver de rendimentos passados ou presentes e ter status.
Apesar disso não existe uma “luta” de classes, estas vivem sem ultrapassar os “limites” da sua classe. O que se verifica é uma “luta” dentro das próprias classes, sendo mais notória na classe mais pobre.
Segundo Weber existem três classes sociais:
os ricos, proprietários de rendimentos, empresários, banqueiros e intectuais; detentores de grandes empresas e oferecem trabalho
os pobres, que são o “Proletariado”, os individuos sem dinheiro, operários, sem status e sem qualificação;
e a chamada” Classe Média – situada entre ambas - que têm uma escolaridade, conseguindo um melhor emprego, o que permite a uma melhor condição de vida, ou seja, a pequena burguesia.
Uma classe não é uma comunidade, apenas representam fundamentos. O que determina a classe social é o facto do individuo ser ou não detentor de “Posses”; de habitações ou terrenos, independetemente das suas dimensões.
A situação de classe é determinada pelo que o individuo tem para oferecer no mercado, podendo originar variações – a situação do mercado influência e determina a situação de classes.
Quando não há nada para oferecer, pode-se procurar o mercado não para vender ou para trocar, mas sim para pedir emprestado, assim surge o mercado de crédito. As taxas de juros praticadas estão dependentes da necessidade momentânea, e quem pede tenta sempre procurar quem lhe cobre menos juros, aí iniciam as “lutas de classes”. O que se verifica que o sector económico controla e influencia o social.
Assim, verifica-se que o mercado e o factor económico geram as classes sociais.
Existem várias pessoas que pertencem à mesma situação de classe, que têm os mesmos interesses e os defendem, muitas vezes originando comunidades que lutam com outras comunidades de situação de classe superior ou inferior. É o caso dos sindicatos, em que os seus associados se juntam, protestam e lutam pelos seus interesses – a esta movimentação designa-se por acção de massas. Originam pequenas comunidades, mas no entanto, uma classe, segundo Weber, não deverá ser considerada como uma comunidade.

PARTIDOS


O partido é uma associação de individuos, geralmente ligados à política, liderados por um dirigente, em que o único objectivo é a detenção de poder, quer a nível material quer a nível ideial, para usufruto privado ou público, não olhando a meios para o alcançar.
O dirigente e o seu quadro administrativo são escolhidos através de uma eleição livre. Os estatutos do partido também são sujeitos a aprovação através de votação dos membros.
Na época das eleições existe um grupo que tem como principal objectivo a angariação de votos, para o dirigente que apoiam, ser eleito; e fazem-no de uma forma voluntária. Origina-se uma luta de poderes.
Há varios tipos de partidos, que se diferenciam pelos seus conteúdos e objectivos, possuem hierarquias e organizações diferentes e formas de poder distintas.
As pessoas que investem nestas associações partidárias, preferem ficar no anonimato, mas onde se verifica um jogo de interesses materiais e ideológicos.

Clássicos da Sociologia


A sociologia nasce com Comte em 1839, como ciência independente. Posteriormente surgiram alguns teóricos que se debruçaram sobre o social, como foi o caso de Marx, Weber, Durkheim, Simmel, Pareto, Parsons, Merton, entre outros.
Anteriormente outros pensadores realizaram estudos políticos, filosóficos, económicos, e outros; onde os aspectos sociais estavam presentes. E pelo facto de se começar a fazer questões a nível do social, e de se verificarem problemas sociais surgiu a necessidade de uma ciência experimental e metodológica. Pode-se assim afirmar que a sociologia nasceu para ajudar outras ciências, e por essa razão elas são importantes para a sua compreensão.
Também na sociologia, à semelhança de outras ciências, existe um conjunto de pensadores que marcam uma determinada época ou corrente sociológica; pelos pensamentos e teorias criadas, tornando-se uma referência para os outros, e são a esses pensadores que se digna de clássicos.
Os clássicos contribuíram com paradigmas, conceitos, teorias, exploração e desenvolvimento científico, tornando-se fontes de conhecimento bastante importantes para actuais investigações sociológicas; porque são, presentemente, válidos e legítimos. Os clássicos não são contestáveis, são a priori verdadeiros e acreditados.
Por essa razão, os sociólogos contemporâneos, estudam os grandes clássicos e os utilizam nas suas investigações, geralmente dando preferência a um pensador, e que, muitas vezes, originam fundamentos para novas escolas.
No entanto as opiniões dividem-se: os positivistas e humanistas consideram que os clássicos devem ser apenas estudados apenas numa perspectiva histórica, os empiristas ponderam que não existe relação entre a sociologia e os clássicos.
Os clássicos são mais referenciados nas ciências sociais do que nas ciências naturais. Segundo os positivistas este facto deve-se estender também às ciências sociais, pois e semelhança entre ambas as ciências são elevadas; a ausência de clássicos deveria ser uma outra semelhança.
Segundo Merton, a ciência é sistemática e experimental, que possui conhecimentos anteriormente experimentados, verificados e considerados válidos. E que se podem resolver problemas contemporâneos com estudos feitos no passado, pois estes poderão ser considerados como pré-descobertas ou antecipações.
No entanto o estudo dos clássicos não pertence à Sociologia mas sim à História. Para ele não existem textos clássicos, existem apenas comentários e críticas, e o facto de se classificar um texto como clássico, está a torná-lo privilegiado. Estes textos devem ter uma componente prática e utilitária e como fontes de dados; devem ser estudados como história da teoria sociológica.
As ciências são evolutivas, empíricas e do seu consenso não-empirista, e também evolutivas, não podendo assim, formar clássicos.
Contrariamente, o autor do texto, não compartilha da opinião de Merton. Tanto nas ciências sociais como nas ciências naturais, as suas práticas são bastante diferenciadas; e a ciência natural é não empírica, facto esse, que faz com que esta não recorra aos clássicos.
Alguns autores, como Habermas e Kuhn, defendem que, primeiramente se deve definir o que é ou não é científico e empírico. Mas defendem que os textos clássicos são modelos importantes para os estudos realizados no presente, não devendo estes ser padronizados.
Mas é o empirismo que distingue as ciências naturais das ciências humanas. E são os seus profissionais que designam se existe ou não problemática científica, e especificidade, para se proceder a investigação. No entanto, nem todos os autores têm a mesma opinião: existe ou não base científica num problema.
Kuhn designa este facto de discordância como crise paradigmática. E nesta situação não se dá atenção aos clássicos mas sim ás dimensões empíricas da ciência natural, e aos modelos anteriormente apresentados, não empiristas, e anteriormente comprovados.
Nas ciências sociais estes modelos também têm uma enorme importância, mas igual importância é dada aos clássicos, e também às leis explicativas, empiristas e não empiristas.
Para Foucault, o que existe são discursos, dai designar a sociologia ser um campo discursivo, em busca da verdade, e como essa verdade poderá ser alcançada e definida.
Os positivistas dão primazia à explicação, em vez da teoria. Elevam a metateoria dos clássicos: Marx, Weber e Durkheim; considerando-os grandes analistas e empiristas, e não somente teóricos, e onde não existia o discurso mas sim uma metodologia teórica.
Logicamente que eles não tinham a mesma linha de pensamento e, com isso, verifica-se a existência de discrepâncias empíricas e ideológicas, originando diferentes operacionalizações de conceitos. E é nos estudos maiores, e em que a teoria está orientada que se verifica uma maior discussão dos dados empíricos; segundo Blau, o empirismo e a teoria andam sempre juntos mas em quantidades diferentes.
O que também varia segundo o autor é o discurso, a lógica, os modelos, a metodologia, definições, factos; para além da teoria e da empíria.
A adopção de um clássico é a adopção de um ponto de referência representativo, que facilita a discussão teórica, e como se segue uma teoria padronizada faz com que os cientistas tenham mais “confiança” no seu trabalho, pois têm como suporte um clássico, um nome que já deu provas válidas de conhecimento, sendo esta legitimada sem discussão, tornando-os privilegiados.Os clássicos são um contributo para as ciências sociais, são provenientes de grandes talentos, aos quais recorrem cientistas menos talentosos. No entanto também é necessário ter talento para recorrer e proceder uma selecção dos clássicos a utilizar.

quarta-feira, setembro 26, 2007

domingo, setembro 23, 2007

Ausência


Amigos, preciso da vossa ajuda.


O meu computador avariou e tive de pôr fora de casa...essa foi um dos motivos da minha ausência.


Perdi os links de todos os meus sites favoritos e entres eles estavam os links dos vossos blogs...escrevam-me para eu vos poder adicionar novamente.


Obrigada.

quarta-feira, agosto 22, 2007

sexta-feira, julho 06, 2007

Inconformistas e Renovadores


Devemos ser inconformistas, renovadores e transformadores. Inconformistas não num, sentido exibicionista mas sim num sentido de liberdade.
As nossas convicções devem-se sobrepor a regras sociais morais.
Pode-se afirmar que possuímos uma “dupla identidade”: por um lado pertencemos a uma sociedade e a uma nação, por outro lado somos cristãos.
Temos o dever de respeitar e cumprir a Lei Nacional, sem esquecer os mandamentos de Deus. Mas não devemos deixar que a identidade de cidadão se sobreponha aos nossos valores cristãos, nem devemos tratar a sociedade em que vivemos com frieza e/ou desprezá-la, de forma a não nos tornar individualistas.
Existem duas possibilidades: ou moldamos a sociedade ou deixamos que ela nos molde…

quinta-feira, julho 05, 2007

Antítese


Antítese é a oposição de sentido entre dois termos ou duas proposições; oposição; coisa contrária.

Segundo Martin Luther King, Jr., o carácter composto por antíteses é forte; quem possui este tipo de carácter é observador e só depois tira conclusões. Só as pessoas fracas aceitam superstições, temem mudanças e novidades, são pessoas preconceituosas.

Deve-se possuir características opostas mas deve-se conseguir equilibrar essas diferenças.
Deve-se ser prudente e cauteloso como a serpente e simples como a pomba.
Deve-se ser firme e manso, ser prudente e ter discernimento, juntamente com firmeza de espírito e um coração cheio de doçura; estas características não devem estar isoladas.

Quando se encontram isoladas: a firmeza de espírito significa: frieza, crueldade, sem amor sincero, só pensa no utilitarismo, egoísta, isolamento ou individualismo, indiferença, infelicidade, materialista, mesquinhes, violência, rancor. O coração cheio de doçura é um coração débil, inapto e sentimental.

quarta-feira, junho 20, 2007

Só Tu



Só tu
De todas que me beijaram,
De todas que me abraçaram,
Já não me lembro, nem sei!

São tantas as que me amaram,
São tantas as que eu amei!

Mas tu – que rude contraste!

Tu que jamais me beijaste,
tu – que jamais abracei,
só tu nesta alma ficaste
de todas as que eu amei.




Paulo Setubal

sexta-feira, junho 15, 2007

O Indivíduo e a Sociedade


O indivíduo é uma pequena porção da sociedade, organizada, onde a socialização é feita através dos outros indivíduos que o rodeiam, e a sua identidade é moldada segundo os critérios do grupo cultural, onde este se encontra inserido.



Actualmente o indivíduo dispõe da capacidade de escolher, vivemos numa sociedade muito ampla, com um leque bastante variado de escolhas morais ou eleição de valores. Ele pode escolher com quem vai estabelecer laços sociais, pode optar também as relações que deseja, e pode mesmo construir a sua própria identidade.



Não deverá ser a sociedade a influenciar as escolhas do indivíduo.

Celibato


O facto de se estar sozinho, vai contra as leis da natureza. Muitas vezes é encarado como uma forma de vida marginal, podendo mesmo levar à exclusão social do indivíduo solitário. Era mais tolerado nos homens do que nas mulheres. O homem celibatário conta com o apoio da comunidade, ao contrário, a mulher fica completamente só, sem homem e sem o apoio da comunidade.



Devido a esta solidão forçada, as mulheres aprenderam a ser auto-suficientes, de forma a serem aceites socialmente, como mulheres celibatárias. Em oposição, os homens não desenvolvem nenhuma faceta da mulher, pelo facto de se encontrarem sozinhos, existe sempre uma mulher na família para o ajudar.



Muitas vezes pode-se confundir os conceitos de individualização e celibato, e estes não são iguais. A individualização está relacionada com a sociedade, enquanto que o celibato está relacionado apenas com o indivíduo, e está mais profundamente ligado à individualização da sociedade; numa perspectiva mais moderna pode-se considerar o celibato como a vida a solo.



Mas quando se fala de celibato há a ter em conta que ele existe tanto no masculino como no feminino. Na parte das mulheres surge relacionado com feiticeiras ou prostitutas, nos homens aparece associada a salteadores e carvoeiros. Ou seja, o celibato aparece sempre associado a forças do mal.



Existe também uma forma de celibato mais radical, e isso acontece quando, um homem ou mulher, se entregam a causas sociais, politicas, militares ou profissionais, deixando de lado a sua vida. E que muitas vezes transporta o individuo através da mobilidade social, para um nível superior.





Uma vida a solo não é especificamente escolhida, no entanto, as pessoas que as vivem não têm a pretensão de acabar com ela.



Quando se fala em celibato ou vida a solo, a tendência é pensar que a pessoa mora sozinha, mas antes do século XIX isso não era uma regra, tanto moravam com as suas famílias como sozinhos; com uma maior propensão para esconder e afastar este tipo de pessoas.



Actualmente as pessoas vivem mais sozinhas, mesmo que isso acarrete inúmeros problemas de ordem financeira, na sua própria habitação, longe da família. O facto de morarem sozinhos afirma a sua autonomia.



Inicialmente, o celibato era mais frequente nas pequenas comunidades rurais; só a partir do século XIX é que os valores começaram a aumentar nas grandes cidades.



As mulheres solitárias são mais numerosas na velhice e na juventude: na velhice devido à viuvez e na juventude devido à sua fuga das zonas rurais para as cidades em busca de trabalho. É difícil encontrar-se uma mulher a viver sozinha, numa aldeia, na sua juventude, pois esse facto não é bem visto pela restante população.





Contudo, a emancipação feminina pode conduzir a um prolongamento do celibato, pois a profissão, ou a entidade patronal, assim o exigem. As mulheres ganham a sua autonomia financeira em troca de casamentos tardios e de curta duração, devido à idade em que se casam.





A solidão é um factor que atinge as várias classes sociais: desde os pobres aos ricos. Os homens pobres dedicam-se à mendicidade, e os homens ricos privilegiam a vida boémia. No caso das mulheres estas entregam-se ao trabalho e à escolarização, independentemente de serem ou não ricas. Em consequência verifica-se um aumento da escolaridade, e um aumento da competência profissional feminina. Mas este sucesso não é suficiente para fazer esquecer uma vida de solidão.



Antigamente as mulheres autónomas eram vistas como desviantes das normas sociais, chegando mesmo a ser estigmatizadas pela sociedade. Uma mulher só tanto poderia ser uma mestra na sua profissão ou uma prostituta.





O celibato pode ser uma das causas do empenho, exagerado, numa determinada profissão, contudo o medo de ser estereotipada como solteirona está sempre presente. Muitas mulheres preferiam o prazer do momento do que uma vida rígida de matrimónio, mesmo que as designassem como marginais.





Depois da Segunda Guerra Mundial, a mulher volta-se de novo para o seu matrimónio, para a construção e manutenção do seu lar. Inicia-se uma evolução tecnológica, lenta, na área doméstica; surgem as máquinas para ajudar as mulheres.



Apesar de estar entre o marido e os filhos, e da lentidão dos avanços tecnológicos, surge uma revolução no corpo da mulher: deixa de usar chapéu, espartilhos. A mulher começa a mostrar o seu corpo, fazendo-o sempre com individualismo. Dentro das suas casas também se verificam mudanças: a mulher assume, no seio do lar, uma posição igualitária ao homem.


Com isto, muitas mulheres começam a se desprender dos homens, iniciando o divórcio.



Em 1919, as portas da universidade vêm entrar o sexo feminino, tornando-as, ainda mais, independentes e fortes.



Esta e outras revoluções femininas, nos Estados Unidos da América iniciaram-se nos finais de século XIX. As evoluções tecnológicas domésticas ocorreram a um ritmo mais rápido, e a mulher ganhou tempo. Assim, originou-se uma evolução na intimidade do lar, entre o casal. Ambos eram iguais e não sentiam a necessidade de uma satisfação sexual fora de casa, fazendo com que as relações conjugais se estabilizassem. Mas nos anos sessenta tudo se desmorona e dá-se uma autonomização dos casais, indo cada um deles para seu lado.



Para além do modelo europeu e americano, existe também o escandinavo. Neste existia uma estrutura triangular: o individuo, a família e o Estado; quando um destes alicerces estivesse abalado os outros dois tinham que ser todo o suporte e fortalecimento. Aqui o mais importante é a autenticidade dos laços sociais entre os indivíduos e os casais.



As mulheres que vivem sozinhas são apontadas pela sociedade como sendo marginais e excêntricas. Este estigma também faz recair sobre elas associações e classificações diversas, muita desconfiança e até censura. Tudo isto porque não seguiram o modelo social e convencional familiar.





Mas não é só a sociedade que usa o seu “dedo” acusador, familiares e amigos também o fazem, pois não resistem à pressão social do modelo celibatário, considerando-o como não normal. Este modelo não dá continuidade ao tradicional modelo familiar, nem prolonga a sua geração.

Solidão


A solidão só existe quando o indivíduo não assume a sua autonomia; é mais forte nas mulheres, mas é mais sentida nos homens, pois eles não são tão autónomos quanto as mulheres.
Os homens preferem manter o sentimento de solidão numa esfera mais privada, enquanto que as mulheres transportam-na para o domínio público.

quarta-feira, junho 13, 2007

O Princípe Encantado



O príncipe encantado, representa um ideal de homem, sendo ele de uma perfeição irreal; e é construído, pela mulher, segundo a sua expectativa do momento.

sexta-feira, abril 27, 2007

Mafaldinha


A Mafalda, apenas com dois pontos, os olhos, conseguia transmitir sentimentos de raiva, ódio, amor ou compaixão. Alguns autores defendem que, uma das fontes de inspiração de Quino era a Bíblia. Nasceu pelas mãos e lápis de Quino, para uma publicidade a electrodomésticos, inspirada num filme que havia visto, onde existia uma personagem chamada Mafalda, nome que lhe pareceu alegre. Mas não foi um sucesso e Mafalda foi guardada numa gaveta.
Mafalda era um desenho animado, filha de uma doméstica e de um corrector de seguros, e que, com o passar do tempo viu-se acompanhada de novas personagens. Em 25 de Julho de 1973 deixou de desenhar esta fantástica personagem, durante 26 anos. Os livros continuavam a ser publicados em vinte e seis línguas diferentes e continuavam a ser um sucesso.
Simboliza a juventude argentina, e talvez outras sociedades. É rebelde, irreverente, revoltada, contestatária, malcriada, inconformada, questionava tudo e todos, e tenta a todo o custo transformar a sociedade e torná-la melhor; fazendo dela uma personagem lúcida e preocupada. Ecológica, pois preocupava-se com a situação do nosso planeta, com os problemas do mundo, com questões sociais, relações de poder e até mesmo com a opressão e dominação social.
É muito mais que uma criança que apresenta uma postura de adulto, como tantas outras que já surgiram na banda desenhada: ela é a porta-voz de todas aquelas questões que os leitores de suas tiras gostariam de ter a coragem de fazer para o mundo, mas que nem sempre o conseguem.
Sem dogmas, sofismas ou preconceitos, não aceita o mundo como ele está ou é; a boneca animada tornou-se a “consciência” social, e boca que transmitia o que muitos pensavam e não tinham a coragem de dizer. É chamada de “anticonformista e heroína iracunda”, ou seja, tem uma atitude de oposição a todas as formas de influência social, muitas vezes causada por resistência psicológica, fazendo dela uma personagem irada e enfurecida com a sociedade, de tal forma que não aceita a integração que lhe é dada.
Apesar de representar uma criança, Mafalda, revela uma grande maturidade. Sabe que vive num mundo cheio de injustiças e desigualdades, mas não aceita ser a responsável; atribui a culpa a geração anterior à sua, e não deseja fazer absolutamente nada para alterar esse facto, apenas o constata e o critica. Retrato de criança, comunica mais com os adultos. Interessa-se por política, economia, pelo mundo social; tudo o que a rodeia, e que, aos seus olhos não está correcto, é alvo de duras críticas. As personagens que rodeiam as suas histórias representam papéis sociais: capitalista, sonhador, espírito maternal. Não se fica simplesmente pela crítica ao seu país, mas estende-se por todo o mundo. Tornou-se, para alguns, um ídolo. E apesar de ter nascido há alguns anos atrás, esta boneca, continua bastante actual.