terça-feira, setembro 05, 2006

Marcuse

Faz uma síntese entre o pensamento anarquista e o pensamento marxista.
A grande matriz da sua teoria é que o mundo, nesta época, estava a regido por dois totalitarismos diferentes, mas que no seu final ambos conduziam à mesma situação.
Por um lado estava o totalitarismo soviético e por outro uma democracia, que segundo Marcuse, era apenas um disfarce de um outro totalitarismo, o americano.
Ambas as sociedades são más em termos de condução e de opção da vida do indivíduo, e em que os indivíduos da sociedade soviética são mais pobres.
Na sociedade americana, o homem tem, aparentemente, todo o poder de escolha; é simplesmente uma utopia, o homem tem apenas uma única dimensão, que é escolher o que já estava previamente escolhido.
Esta sociedade cria uma falsa igualdade, originando uma ilusão no proletariado, em que este seria igual ao capitalista.
Tal ideia tem a função de evitar uma revolução.
Para solucionar este problema, Marcuse acredita que em ambas as sociedades vai acontecer, um dia, uma revolução.
Enquanto não acontece, ele alerta para uma desmistificação a nível ideológico, em todos os campos. Ele acredita que quanto menos a sociedade é reprimida, mais o homem é livre.
O marxisto nunca foi implantado, foi uma teoria nunca posta em prática, e que proponha um quadro de igualdade e liberdade para todos.
Marcuse chega à conclusão de que é possível conciliar o anarquismo com o marxismo.
Um dos seus principais objectivos era encontrar uma formula que, quer no campo social quer no económico, não faça perder a individualidade e por outro lado contribuir para uma sociedade melhor.
Também vai conceber a teoria do relativismo, ele defende que, de facto, tudo é muito relativo, não há verdades concretas e que tudo pode ser posto em causa; o que desagrada a sociedade mais conservadora.

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