quinta-feira, setembro 28, 2006

Ternura


Um dia quando eu contemplava o céu
Vi uma gota de água perdida no ar,
Sem saber para onde ia e de onde vinha
Andava desorientada no meio do nada.
Então chamei a gota de água
E perguntei-lhe o motivo da sua desorientação.
Tristemente ela respondeu-me:
Não sei, para onde heí-de eu ir!
Existem locais onde há água com abundância
E aí poderia provocar uma inundação;
Outros lugares há onde não existe sequer
cheiro da água, aí também não
Pois eu iria ser motivo de discórdia,
Porque todos me iriam querer!
Durante alguns momentos a olhei
E com muita ternura respondi-lhe:
Vai para uma das tantas nuvens do céu,
Onde não provocarás demais abundância
Nem encontrarás discórdia.
Onde milhares de gotinhas te acolherão
Com muito carinho e muito amor.
Logo de seguida, a gotinha deu meia volta
E foi direitinha para céu, para uma nuvem
de onde me mandou, um grande sorriso!

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