Na Internet ninguém sabe o que os outros são, verdadeiramente. Giddens coloca uma questão: com o ciberespaço, onde não é necessário a utilização da nossa verdadeira identidade, será que se pode perdê-la? [1]
No entanto ele tenta responder a esta mesma questão afirmando que isso não poderá acontecer, porque a interacção que se estaelece pessoalmente é muito mais importante do que a que se celebra no ciberespaço.
Segundo este autor, a identidade é um conjunto de características que o indivíduo possui, ou o carácter de um grupo, sendo estes formados por marcadores sociais.
No entanto ele tenta responder a esta mesma questão afirmando que isso não poderá acontecer, porque a interacção que se estaelece pessoalmente é muito mais importante do que a que se celebra no ciberespaço.
Segundo este autor, a identidade é um conjunto de características que o indivíduo possui, ou o carácter de um grupo, sendo estes formados por marcadores sociais.
Daí o nome pelo qual se registam as pessoas se torna num elemento essencial para a identificação do indivíduo ou do grupo.
Apesar das pessoas possuírem uma identidade autónoma e independente, existem factores que contribuem para a sua edificação, ou muitas vezes transformação. Como é o caso do contexto cultural, o relacionamento que se estabelece com os outros indivíduos. [2]
Segundo o autor, Pierre Lévy, a realidade virtual é uma transformação de identidade. [3] Esta identidade está protegida pelo anonimato, e daí os utilizadores das salas de chat muitas vezes “alterarem” o seu género, profissão, idade, estado civil, ou outras características.
Castells, no entanto, diz que se verifica, na Internet, a construção de falsas identidades, originando vários jogos de papéis, em que a construção da identidade é edificada a partir da interacção social existente.
Segundo o autor, Pierre Lévy, a realidade virtual é uma transformação de identidade. [3] Esta identidade está protegida pelo anonimato, e daí os utilizadores das salas de chat muitas vezes “alterarem” o seu género, profissão, idade, estado civil, ou outras características.
Castells, no entanto, diz que se verifica, na Internet, a construção de falsas identidades, originando vários jogos de papéis, em que a construção da identidade é edificada a partir da interacção social existente.
Como os actores se escondem atrás de um anonimato, e fazem uma sociabilidade aleatória, muitas vezes se esquecem da inteacção social, no que se refere ao plano real.
O diálogo mediado pelo computador é muito diferente da interacção face-a-face. Como consequência, ganha-se, graças ao anonimato, um outro tipo de liberdade, já que a raça, nível etário ou aparência física não são evidentes, existe uma liberdade para criar uma nova identidade ou mesmo adoptar identidades múltiplas.
O diálogo mediado pelo computador é muito diferente da interacção face-a-face. Como consequência, ganha-se, graças ao anonimato, um outro tipo de liberdade, já que a raça, nível etário ou aparência física não são evidentes, existe uma liberdade para criar uma nova identidade ou mesmo adoptar identidades múltiplas.
A sua existência virtual torna-se a existência real, viciante mas compensatória. "Tornam-se aquilo que fingem ser." [4]
Alguns críticos deste autor, afirmam que a Internet, e o seu anonimato, alicia a uma fuga ao plano real, vivendo as suas fantasias no plano virtual; Fazendo crescer, com isto, cada vez mais, o plano virtual. [5]
Num estudo realizado por Sherry Turkle [6] a autora conclui que, apesar de existir uma identidade virtual, esta é influenciada pela verdadeira e real identidade do utilizador; verifica-se com isto, uma coerência entre a identidade virtual e a identidade real.
Alguns críticos deste autor, afirmam que a Internet, e o seu anonimato, alicia a uma fuga ao plano real, vivendo as suas fantasias no plano virtual; Fazendo crescer, com isto, cada vez mais, o plano virtual. [5]
Num estudo realizado por Sherry Turkle [6] a autora conclui que, apesar de existir uma identidade virtual, esta é influenciada pela verdadeira e real identidade do utilizador; verifica-se com isto, uma coerência entre a identidade virtual e a identidade real.
“Nas comunidades em tempo real do ciberespaço, encontramo-nos no limiar entre o real e o virtual, inseguros da nossa posição, inventando-nos a nós mesmos à medida que progredimos”. [7]
No ciberespaço não existe a presença física e, assim, a socialização deixa de se fazer face-a-face como acontecia, até então, nos espaços reais.
No ciberespaço não existe a presença física e, assim, a socialização deixa de se fazer face-a-face como acontecia, até então, nos espaços reais.
Isto permite uma maior audácia nas relações com pessoas ou personagens que talvez nunca venhamos a conhecer pessoalmente.
Depois, o anonimato é possível e é esta característica que admite e estimula a criação de novas identidades. "É nos ecrãs dos computadores que projectamos as nossas próprias ficções, ficções essas de que somos simultaneamente produtores, realizadores e vedetas” [8]
A relação entre a identidade da pessoa e seu reconhecimento social pode ser feita pelos apelidos, “nicknames” utilizados nas comunidades virtuais.
A relação entre a identidade da pessoa e seu reconhecimento social pode ser feita pelos apelidos, “nicknames” utilizados nas comunidades virtuais.
O significado do nickname pode estar relacionado à personalidade da pessoa que o utiliza, a um determinado grupo ou realidade específica, ou ainda reflectir as aspirações individuais. Esses apelidos, geralmente, possuem um elevado nível de sofisticação linguística, já que os actores brincam com a linguagem e com a tipografia.
Controi-se uma identidade, pelo discurso escrito que vai decorrendo. Pode-se criar novas identidades, brincar com identidades conhecidas ou até mesmo experimentar novas identidades.
Controi-se uma identidade, pelo discurso escrito que vai decorrendo. Pode-se criar novas identidades, brincar com identidades conhecidas ou até mesmo experimentar novas identidades.
Assim pode-se afirmar que a Internet veio alterar a forma como se encara a identidades, presentemente exite o conhecimento que se podem construir múltiplas personagens. [9]
A sociedade actual, através das redes digitais, possibilita a expressão da identidade de diferentes formas: interagir com outros internautas assumindo a sua identidade plenamente, interagir utilizando alguns traços da identidade e criando traços complementares, interagir utilizando uma identidade completamente diferente da original, e, por último, a possibilidade de não interagir e ficar como observador, como voyeur, como lurker (nome atribuído ao “observador” que não participa nem contribui em um grupo de discussão ou sala de chat). [10]
[1] Anthony Giddens, Sociologia, 2.ª Edição, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 2000, pág.476
[2] Anthony Giddens, Sociologia, 2.ª Edição, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 2000, pág. 63
[3] Pierre Lévy, O que é o virtual?, 1ª Edição, Coimbra, Quarteto Editora, 2001
[4] http://www.ipv.pt/millenium/Millenium25/25_30.htm
[5] Manuel Castells, A Galáxia Internet – Reflexões sobre a Internet, Negócios e Sociedade, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 2004, pág 145
[6] Manuel Castells, A Galáxia Internet – Reflexões sobre a Internet, Negócios e Sociedade, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 2004, pág 147
[7] Sherry Turkle, A Vida no Ecrã – A identidade na era da Internet, Lisboa, A Sociedade Digital, Relógio d’Água Editores, 1997, pág. 13
[8] Sherry Turkle, A Vida no Ecrã – A identidade na era da Internet, Lisboa, A Sociedade Digital, Relógio d’Água Editores, 1997, pág. 37
[9]http://bocc.ubi.pt/pag/_texto.php3?html2=silva-carlos-sebastião-pedro-interaccao-cibersexo.html, 05.11.2004 (Carlos A. Silva e Pedro M. Sebastião: Interacção & Cibersexo no IRC; Universidade de Évora)
[10] http://www.cibersociedad.net
A sociedade actual, através das redes digitais, possibilita a expressão da identidade de diferentes formas: interagir com outros internautas assumindo a sua identidade plenamente, interagir utilizando alguns traços da identidade e criando traços complementares, interagir utilizando uma identidade completamente diferente da original, e, por último, a possibilidade de não interagir e ficar como observador, como voyeur, como lurker (nome atribuído ao “observador” que não participa nem contribui em um grupo de discussão ou sala de chat). [10]
[1] Anthony Giddens, Sociologia, 2.ª Edição, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 2000, pág.476
[2] Anthony Giddens, Sociologia, 2.ª Edição, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 2000, pág. 63
[3] Pierre Lévy, O que é o virtual?, 1ª Edição, Coimbra, Quarteto Editora, 2001
[4] http://www.ipv.pt/millenium/Millenium25/25_30.htm
[5] Manuel Castells, A Galáxia Internet – Reflexões sobre a Internet, Negócios e Sociedade, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 2004, pág 145
[6] Manuel Castells, A Galáxia Internet – Reflexões sobre a Internet, Negócios e Sociedade, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 2004, pág 147
[7] Sherry Turkle, A Vida no Ecrã – A identidade na era da Internet, Lisboa, A Sociedade Digital, Relógio d’Água Editores, 1997, pág. 13
[8] Sherry Turkle, A Vida no Ecrã – A identidade na era da Internet, Lisboa, A Sociedade Digital, Relógio d’Água Editores, 1997, pág. 37
[9]http://bocc.ubi.pt/pag/_texto.php3?html2=silva-carlos-sebastião-pedro-interaccao-cibersexo.html, 05.11.2004 (Carlos A. Silva e Pedro M. Sebastião: Interacção & Cibersexo no IRC; Universidade de Évora)
[10] http://www.cibersociedad.net
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