Primeiramente existe a crença e só depois existe o rito, pois o rito tem o seu objecto expresso na crença.
A crença provém de coisas reais e é representativa de dois conceitos diferentes: o sagrado e o profano.
Tudo pode ser sagrado.
Tudo pode ser sagrado.
O objecto do sagrado é determinado pela religião, em que o homem nada tem de sagrado ocupando um lugar inferior ao sagrado.
Contudo, quando existe uma relação de inferioridade, não significa que o que está em lugar superior seja uma coisa sagrada em relação ao que ocupa uma posição inferior.
No profano existe uma estratificação, estratificação essa que varia consoante a dignidade e o poder do homem.
Na desigualdade entre as classes superiores e inferiores não existe nada de religioso, existe uma relação de dependência entre os deuses e os homens (superior/inferior), pois ambos necessitam uns dos outros para garantir a sua sobrevivência.
A relação existente entre o sagrado e o profano é uma heterogeneidade absoluta. Nada há de comum entre eles, são duas partes completamente opostas uma da outra, embora por outro lado se verifique uma dualidade entre elas; dualidade essa que permite a passagem de um campo para o outro, ou seja uma passagem do profano para o sagrado, mudança essa que implica uma modificação de ordem moral.
A referida mudança, do profano para o sagrado, implica uma série de ritos religiosos, é a morte no profano e o renascimento no sagrado.
Além de existir uma relação de oposição entre o sagrado e o profano, existe também uma relação de rivalidade. Não se pode pertencer aos dois campos em simultâneo, ou se pertence ao sagrado ou ao profano.
Para o homem passar para o estado religioso, ou sagrado, ele tem de retirar de si tudo o que resta do profano e por vezes a única maneira de o fazer é acabar com a própria vida. Durkheim chama a este fenómeno suicídio religioso.
A oposição entre profano e religioso divide o mundo em duas partes: o sagrado é a parte que isola e protege o homem, e o profano é a parte onde existem as interdições e se deverá manter afastado do sagrado.
As crenças religiosas são representações que exprimem a natureza das coisas sagradas e profanas, bem como a relação entre elas.
Os ritos são regras de como o homem se deverá comportar em relação ao sagrado.
A religião é um sistema de crenças, sistema esse organizado e coeso. Verifica-se, assim, que a religião não assenta apenas numa ideia base, mas num grupo homogéneo, onde á volta dele giram grupos de crenças, na religião encontra-se sempre uma multiplicidade de coisas sagradas. Com esta multiplicidade constata-se que não existe apenas um só culto, mas sim vários cultos, sendo estes cultos autónomos.
Mas nem sempre os fenómenos religiosos aparecem ligados a uma religião, por vezes estes fenómenos são autónomos, mas essa autonomia origina uma desintegração desse fenómeno. Nestes casos não existe um culto, nos fenómenos autónomos verifica-se uma cerimónia religiosa.
Além da dualidade existente entre o sagrado e o profano, há que referir dois conceitos bem distintos: a magia e a religião.
Ambos são constituídas por crenças e ritos, possuem mitos e dogma (verdade de fé), sendo os da magia mais arcaicos. Os dois têm cerimónias, sacrifícios, orações, cantos e danças; por vezes até mesmo os seres religiosos invocados são os mesmos.
Apesar de existir tanta coisa em comum é impossível juntar estes dois conceitos. A religião rejeita a magia, e a magia opõe-se á religião.
Esta oposição entre a magia e a religião é manifesta nos seus ritos e cerimónias contrárias á religião, chegando por vezes a existir uma profanação das coisas santas. Devido a esta oposição, a religião proíbe os ritos mágicos.
As crenças religiosas mantêm os indivíduos unidos, praticando os mesmos ritos religiosos, devido a um factor que têm em comum: a fé. A fé é a responsável pela união do grupo. Assim, numa sociedade, quando várias pessoas se unem pela mesma fé constituem uma igreja.
A igreja é uma diferença existente entre a magia e a religião. Na magia os praticantes das suas crenças mágicas não têm que estar necessariamente unidos e em grupo.
Na igreja há uma relação de continuidade entre a comunidade de indivíduos e o órgão representativo da religião, na magia não existe essa ligação.
A magia tem clientes e a igreja tem fiéis.
Por vezes, a magia, tem lugares de culto e a repetição de ritos, como na religião, contudo não necessita deles para se manter.
Uma outra diferença entre a magia e a religião, é a solidão e o isolamento que o mágico procura, na religião há uma ligação constante entre a igreja e a religião.
No profano existe uma estratificação, estratificação essa que varia consoante a dignidade e o poder do homem.
Na desigualdade entre as classes superiores e inferiores não existe nada de religioso, existe uma relação de dependência entre os deuses e os homens (superior/inferior), pois ambos necessitam uns dos outros para garantir a sua sobrevivência.
A relação existente entre o sagrado e o profano é uma heterogeneidade absoluta. Nada há de comum entre eles, são duas partes completamente opostas uma da outra, embora por outro lado se verifique uma dualidade entre elas; dualidade essa que permite a passagem de um campo para o outro, ou seja uma passagem do profano para o sagrado, mudança essa que implica uma modificação de ordem moral.
A referida mudança, do profano para o sagrado, implica uma série de ritos religiosos, é a morte no profano e o renascimento no sagrado.
Além de existir uma relação de oposição entre o sagrado e o profano, existe também uma relação de rivalidade. Não se pode pertencer aos dois campos em simultâneo, ou se pertence ao sagrado ou ao profano.
Para o homem passar para o estado religioso, ou sagrado, ele tem de retirar de si tudo o que resta do profano e por vezes a única maneira de o fazer é acabar com a própria vida. Durkheim chama a este fenómeno suicídio religioso.
A oposição entre profano e religioso divide o mundo em duas partes: o sagrado é a parte que isola e protege o homem, e o profano é a parte onde existem as interdições e se deverá manter afastado do sagrado.
As crenças religiosas são representações que exprimem a natureza das coisas sagradas e profanas, bem como a relação entre elas.
Os ritos são regras de como o homem se deverá comportar em relação ao sagrado.
A religião é um sistema de crenças, sistema esse organizado e coeso. Verifica-se, assim, que a religião não assenta apenas numa ideia base, mas num grupo homogéneo, onde á volta dele giram grupos de crenças, na religião encontra-se sempre uma multiplicidade de coisas sagradas. Com esta multiplicidade constata-se que não existe apenas um só culto, mas sim vários cultos, sendo estes cultos autónomos.
Mas nem sempre os fenómenos religiosos aparecem ligados a uma religião, por vezes estes fenómenos são autónomos, mas essa autonomia origina uma desintegração desse fenómeno. Nestes casos não existe um culto, nos fenómenos autónomos verifica-se uma cerimónia religiosa.
Além da dualidade existente entre o sagrado e o profano, há que referir dois conceitos bem distintos: a magia e a religião.
Ambos são constituídas por crenças e ritos, possuem mitos e dogma (verdade de fé), sendo os da magia mais arcaicos. Os dois têm cerimónias, sacrifícios, orações, cantos e danças; por vezes até mesmo os seres religiosos invocados são os mesmos.
Apesar de existir tanta coisa em comum é impossível juntar estes dois conceitos. A religião rejeita a magia, e a magia opõe-se á religião.
Esta oposição entre a magia e a religião é manifesta nos seus ritos e cerimónias contrárias á religião, chegando por vezes a existir uma profanação das coisas santas. Devido a esta oposição, a religião proíbe os ritos mágicos.
As crenças religiosas mantêm os indivíduos unidos, praticando os mesmos ritos religiosos, devido a um factor que têm em comum: a fé. A fé é a responsável pela união do grupo. Assim, numa sociedade, quando várias pessoas se unem pela mesma fé constituem uma igreja.
A igreja é uma diferença existente entre a magia e a religião. Na magia os praticantes das suas crenças mágicas não têm que estar necessariamente unidos e em grupo.
Na igreja há uma relação de continuidade entre a comunidade de indivíduos e o órgão representativo da religião, na magia não existe essa ligação.
A magia tem clientes e a igreja tem fiéis.
Por vezes, a magia, tem lugares de culto e a repetição de ritos, como na religião, contudo não necessita deles para se manter.
Uma outra diferença entre a magia e a religião, é a solidão e o isolamento que o mágico procura, na religião há uma ligação constante entre a igreja e a religião.
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